segunda-feira, 6 de junho de 2011

06/06/2011 00h38 - Atualizado em 06/06/2011 01h26

Pacotão da rodada#3: mico, golaço, muralha e tudo sobre o Brasileirão

Confira as estatísticas e uma coleção com os melhores e piores momentos da terceira rodada do campeonato

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
A terceira rodada do Brasileirão terminou com uma dupla paulista provisoriamente no topo: Corinthians e Palmeiras, iguais em pontos (sete), vitórias e saldo de gols. O critério de gols pró (5 a 3), porém, põe o Timão  - convidado de honra da festa de adeus do rubro-negro Petkovic ao futebol - na liderança. No entanto, o jogo que completa a rodada na próxima quarta-feira vai inevitavelmente apontar um novo líder. Atlético-MG e São Paulo, que têm seis pontos, duelam em Sete Lagoas. O Galo assume a ponta com vitória e até com um empate - pois tem saldo de gols superior aos de Corinthians, Palmeiras e do próprio Tricolor Paulista que, se ganhar, pula para a liderança.
O fim de semana teve também um aperitivo da final da Copa do Brasil. No duelo protagonizado quase somente por reservas, o Coritiba sapecou 5 a 1 no Vasco, com três gols de seu único titular, Anderson Aquino, que, curiosamente, está suspenso e não joga a decisão de quarta-feira. Destaque também para a primeira vitória do Inter, no jogo com menor público da rodada: só 3.119 torcedores pagaram para ver a partida realizada em Campo Grande (MS), por opção do América-MG.

O GLOBOESPORTE.COM mostra os destaques nas estatísticas e elege o golaço, o craque, o sarrafo, o mico, o drible e a muralha. Confira os números e os selos da terceira rodada.

INFO PACOTÃO RODADA 3 (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)



header pacotao craque da rodada (Foto: arteesporte)


                                                                                           Anderson Aquino, do Coritiba
 Herói da classificação do Coxa para final da Copa do Brasil, Anderson Aquino roubou a cena mais uma vez no Couto Pereira. O atacante, que não poderá jogar a decisão contra o Vasco por conta de uma suspensão, marcou três vezes na goleada do time paranaense e ainda participou da jogada do primeiro gol na vitória sobre Cruz-Maltino por 5 a 1.
header pacotao defesa da rodada (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)



Vanderlei, do Coritiba
Ainda no duelo entre Coxa e Vasco, Max fez bela jogada pelo meio, o zagueiro Lucas tentou cortar a jogada com um chutão, mas a bola explodiu no travessão e voltou para o vascaíno. À queima-roupa, o lateral-esquerdo, na entrada da pequena área, soltou uma bomba e obrigou Vanderlei a fazer uma defesa espetacular.




header pacotao golaço da rodada (Foto: arteesporte)
Michel, do Ceará
A partida estava empatada em 1 a 1, no estádio Presidente Vargas, até que Iarley rolou a bola para Michel. O volante encheu o pé, soltou uma bomba do meio da rua e acertou o ângulo direito de Renan, que nada conseguiu fazer. Mas o Botafogo conseguiria a igualdade com um gol de Antônio Carlos.



header pacotao drible da rodada (Foto: arteesporte)



Jorge Henrique, do Corinthians
Na despedida de Petkovic, o Flamengo empatou com o Corinthians por 1 a 1. Além dos gols, outro lance chamou a atênção dos torcedores que estavam no Engenhão. Em uma disputa de bola, o  atacante Jorge Henrique foi mais rápido que Léo Moura e deu uma linda caneta no lateral rubro-negro.


header pacotao mico da rodada (Foto: arteesporte)


O árbitro Sálvio Spínola, no jogo Ceará 2 x 2 Botafogo
O Botafogo atacava o Ceará. O meia Everton avançou pela esquerda, cortou para o meio e tentou encontrar Elkeson. O árbitro Sálvio Spínola estava no meio do caminho e atrapalhou o ataque alvinegro. A bola ficou com o time cearense, que saiu do campo de defesa para armar o contra-ataque.


header pacotao sarrafo da rodada (Foto: arteesporte)


 Irrazábal, do Vasco
Irrazábal dominou mal e perdeu a posse de bola para Geraldo. O jogador do Coxa  aplicou uma linda caneta no lateral-direito vascaíno, que fez uma falta dura no atacante e recebeu o cartão amarelo pela jogO

Em 'casa', Inter vence América-MG, e Falcão respira aliviado no Brasileirão

Dupla Oscar e D'Alessandro comanda primeira vitória do Colorado no campeonato: 4 a 2. Cavenaghi marca no retorno ao time titular

por GLOBOESPORTE.COM
Campo Grande fica a cerca de 1500km de Porto Alegre. Mas nem parecia. O Internacional jogou como se estivesse em casa no Morenão. Nas arquibancadas, a nação vermelha, que dominou o estádio, abriu o bandeirão e comemorou. Ali, bem longe do Beira-Rio, o Colorado conquistou sua primeira vitória no Brasileirão: 4 a 2 sobre o América-MG. Mérito da dupla Oscar e D’Alessandro, que contrariou quem dizia que os dois não poderiam jogar juntos. O técnico Paulo Roberto Falcão respira aliviado por ter a primeira noite de tranquilidade depois de muitos dias de pressão.
O resultado fez o Inter pegar o elevador na classificação do campeonato. Com a vitória, segunda em oito jogos, o time subiu cinco posições e chegou ao 10° lugar. Já o América-MG caiu três postos e ligou o alerta. Na 16ª colocação, o Coelho está à beira da zona de rebaixamento.
Para a quarta rodada do Brasileirão, Inter continuará sem Leandro Damião e Bolatti, convocados para as seleções brasileira e argentina. O time receberá o Palmeiras no Beira-Rio no domingo, às 16h. No sábado, o América-MG irá à Ressacada para enfrentar o Avaí, às 18h30m.

Oscar marca dois gols e brilha em campo
Também longe de casa, por opção, o Coelho começou o jogo sorrateiro pela direita. Sem tomar conhecimento do adversário, o time de Mauro Fernandes jogou como mandante que era e assustou com cruzamentos de Marcos Rocha para Fábio Júnior e Eliandro. O segundo chegou até mesmo a mandar uma bola na trave, que fez a torcida colorada respirar fundo no Morenão.
Sem Kleber, lesionado, o Colorado dependia de Juan na lateral esquerda. Improvisado, o zagueiro de 19 anos abriu uma avenida para o ataque mineiro, que, apesar do espaço, foi mal nas finalizações e não conseguiu definir.
lance de jogo internacional x américa mg (Foto: Hélder Rafael/Globoesporte.com)Oscar levou vantagem sobre a zaga em quase todas as jogadas (Foto: Hélder Rafael/Globoesporte.com)

Falcão percebeu o perigo e mudou. Gritou, mexeu os braços e conseguiu corrigir a marcação, trazendo os volantes Guiñazu e Tinga para a direita e recuando D’Alessandro para também ajudar a atrapalhar as saídas do rival.
As mudanças apagaram o América-MG.  Em compensação, do outro lado, um jogador começou a brilhar. Depois de tentativas de cruzamento pela direita que procuravam Leandro Damião, que está com a Seleção, e encontravam um vazio na grande área, Oscar resolveu assumir a responsabilidade. Em jogada individual, avançou pelo meio e chutou. Teve a sorte de o rebote do goleiro Flávio encontrar o zagueiro Gabriel, que, todo atrapalhado, deixou a bola escapar para Cavenaghi. O argentino cruzou para o próprio Oscar, que cabeceou para abrir o placar, aos 13.
Não deu tempo nem de comemorar direito. Três minutos depois, Zé Roberto fez um belo lançamento para D’Alessandro na esquerda. O argentino preparou a canhota e mandou de primeira no canto esquerdo do gol mineiro.
O placar de 2 a 0 era o que bastava para a torcida colorada se manifestar ainda mais no Morenão. Das arquibancadas, onde havia gremistas reforçando a pequena torcida do Coelho, era possível ouvir os gritos de “segunda divisão”, como provocação ao adversário que subiu para a Série A neste ano.
E ninguém segurava Oscar. Lençol, cruzamento perfeito para a área e chutes que deram trabalho ao goleiro Flávio. Em nova falha da defesa, que não conseguia encontrar o camisa 16, o meia recebeu um lançamento direto da zaga e mandou de primeira para quase furar as redes mineiras. Fora do campo, Falcão levou as mãos à cabeça e olhou para cima, como se agradecesse pelo que estava vendo no gramado. Era o terceiro gol do Inter em menos de dez minutos.
Coelho balança as redes, mas não evolui
Com 0 a 3 no placar, o América-MG sabia que só restava sair para o jogo. E foi o que fez. Mas o maior domínio de bola no início do segundo tempo ainda não era suficiente para um time que errava muitos passes e não conseguia finalizar. Até que, aos 10, o esforço deu certo. Após escanteio, Eliandro ajeitou de peito, e Rodriguinho estufou as redes coloradas com um chute no ângulo de Renan.
O golaço levantou a torcida mineira, que ensaiou gritos de “América”. A comemoração, porém, durou apenas cinco minutos. Em bela jogada individual, Zé Roberto passou por um, dois, três marcadores, invadiu a área. O desarme do zagueiro foi a assistência perfeita para Cavenaghi, sozinho, marcar seu segundo pelo clube colorado. Na comemoração, o argentino tirou a camisa e ganhou cartão amarelo, o que irritou Falcão.
O quarto gol do Inter acordou o Coelho. O time passou a subir mais para o ataque e dar trabalho. Após cobrança de escanteio, Anderson cabeceou para dentro das redes. Porém, o jogador se apoiou no zagueiro colorado, e a arbitragem anulou o gol, marcando falta.
O esforço do sistema ofensivo mineiro, no entanto, não foi em vão. Após bela tabela com Fábio Júnior, Alessandro invadiu a área e marcou seu segundo gol no Brasileirão. A vantagem no placar diminuiu, mas, dentro de campo, o Inter continuou dominando. Aos 45, D'Alessandro e Thiago Carleto se desentenderam e iniciaram uma discussão, após o jogador do Coelho atingir o argentino no rosto. Com os ânimos já acalmados, o árbitro deu o apito final, e a torcida vermelha concluiu a festa no Morenão.

américa-mg  2 x 4  internacional
Flávio; Marcos Rocha, Anderson, Gabriel e Thiago Carleto; Glauber (Alessandro), Leandro Ferreira (Camilo), Amaral e Rodriguinho; Eliandro (Kempes) e Fábio Júnior. Renan; Nei, Bolívar, Rodrigo e Juan; Guiñazu, Tinga, D’Alessandro e Oscar (Glaydson); Zé Roberto (Ricardo Goulart) e Cavenaghi (Gilberto).
Técnico: Mauro Fernandes Técnico: Paulo Roberto Falcão
Gols: Oscar, aos 13 e 21 do primeiro tempo. Oscar, aos 15 do primeiro tempo. Rodriguinho, aos 10 do segundo tempo. Cavenaghi, aos 15 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Bolívar, Cavenaghi e Rodrigo (Inter). Thiago Carleto (América-MG)
Local: Morenão (MS). Data: 05/06/2011. Competição: Campeonato Brasileiro. Árbitro: Arílson Bispo da Anunciação (BA). Auxiliares: Belmiro da Silva (BA) e Raimundo Carneiro de Oliveira (BA). Público Pagante: 3.119 pessoas. Público presente: 4.541pessoas.

Com dois gols do estreante Borges, Santos bate o Avaí na Vila: 3 a 1

Centroavante mostra oportunismo e dá ao Peixe sua primeira vitória no Brasileirão. Já o time catarinense permanece na lanterna, zerado em pontos

por Adilson Barros
O camisa 9 ideal é artilheiro, decisivo, não deixa oportunidades escaparem. Assim foi Borges neste domingo, em sua estreia pelo Santos. Apresentado na última sexta-feira, sem muito tempo para treinar, ele foi escalado contra o Avaí, terceira rodada do Brasileirão, e definiu a vitória alvinegra por 3 a 1. Seus dois gols (o segundo foi irregular) garantiram ao Alvinegro seu primeiro triunfo na competição e dão à torcida a esperança de o time ter, enfim, encontrado o parceiro certo para Neymar.
Borges é o primeiro reforço de peso do Peixe para a competição nacional. Ele chega para substituir Zé Eduardo, que foi vendido para o Genoa-ITA e partirá sem jamais ter sido unanimidade. Keirrison, que seria o 9 santista, também está de saída. Foi tão mal que é como se nunca tivesse vindo.
Com o resultado, o Peixe vai a quatro pontos. Ocupa agora a 11ª posição. Já o Avaí segue na lanterna da competição. Perdeu seus três primeiros jogos. Sofreu nove gols e marcou só dois.
O Santos volta a campo no próximo sábado, às 18h30m (horário de Brasília), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG). O Avaí, no mesmo dia e horário, recebe o América-MG, na Ressacada, em Florianópolis (SC).
Juiz de luto, e artilheiro inspirado
Antes do início da partida deste domingo, um minuto de silêncio em homenagem à mãe do árbitro José de Caldas Souza (que apita pela Federação do Distrito Federal), que faleceu neste domingo. Ele não conseguiu voo para voltar ao Maranhão para se despedir. O jeito foi trabalhar. Passado esse momento triste, a bola rolou. E bastaram nove minutos para Borges mostrar sua credencial.
O técnico Muricy Ramalho já havia avisado que o reforço era garantia de gol. O novo camisa 9 alvinegro confirmou a previsão do chefe ao completar desvio de Zé Eduardo após cobrança de escanteio de Alan Patrick. O atacante comemorou com a bola sob a camisa, em homenagem aos filhos Mateus e Gabriel, os gêmeos que estão à caminho.E foi isso. O primeiro tempo se resumiu a esse lance de oportunismo do novato
Com três zagueiros e dois volantes, o Avaí congestionou o meio de campo. Um mar de camisas azuis e brancas impedia a chegada dos santistas à meta. A bola batia e voltava. O Leão catarinense mostrava força nos desarmes, mas não tinha nenhuma criatividade com a bola nos pés. Até chegou a rondar a área santista, mas sem jamais conseguir ameaçar o gol defendido por Rafael.
O Santos tinha desfalques importantes. Não pôde escalar seus dois laterais titulares (Jonathan e Léo estão machucados), nem seu capitão (o zagueiro Edu Dracena foi poupado). Mas o time sentiu falta mesmo de Elano e Neymar, que estão servindo à Seleção Brasileira.
Sem o meia, o Peixe não tinha alguém para acertar o passe no meio de campo – Alan Patrick, o substituto, não conseguia dar sequência às jogadas. E sem Neymar? Bem. Sem Neymar, o Alvinegro Praiano perdeu velocidade, a jogada inesperada, o drible genial, o arremate quase sempre certeiro. O ataque alvinegro foi previsível. Zé Eduardo e Borges não se encontraram. Isolados um do outro, presos no meio dos zagueiros.
borges santos x avaí (Foto: Agência Estado)Borges fez dois gols em sua estreia pelo Santos (Foto: Agência Estado)
Repeteco
O segundo tempo foi praticamente uma repetição do primeiro. Logo no início, jogada de escanteio, bola desviada no meio do caminho, gol de Borges. Dessa vez porém, o atacante estava em posição irregular. No momento em que Bruno Rodrigo deu uma casquinha na bola após cruzamento de Alan Patrick, o centroavante alvinegro estava adiantado. Para Borges, pouco importou. Ele festejou mais uma vez. Agora, pedindo para a torcida gritar e pular junto com ele. Na comemoração, Borges socou o ar, "para homenagear o homem" (Pelé).
O Avaí acusou o golpe. Sem nenhum articulação, perdido em campo, o time catarinense agora tinha dificuldades até para armar jogadas. O Santos tinha campo para jogar e criava chances. Borges só não fez o terceiro porque o goleiro Aleks praticou uma grande defesa.
Vendo que o adversário não ameaçava, Muricy Ramalho começou a fazer experiências. Tirou o meia Alan Patrick e colocou o zagueiro Bruno Aguiar. Quis observar o comportamento do time com três zagueiros. E foi exatamente nesse momento que, fiinalmente, o Avaí chegou. Chegou e marcou. Maurício Alves apareceu livre no meio dos defensores alvinegros e empurrou para a rede. Um vacilo geral da retaguarda santista.
Nada, porém, que ameaçasse a vitória alvinegra, garantida com um terceiro gol no lance final, em contra-ataque puxado por Arouca e finalizado por Rychely - foi o primeiro dele com a camisa do Santos.
santos 3 x 1 avaí
Rafael, Pará, Bruno Rodrigo, Durval e Alex Sandro; Arouca, Danilo (Roger), Adriano, Alan Patrick (Bruno Aguiar); Zé Eduardo (Rychely) e Borges. Aleks, Cassio, Bruno, Gustavo Bascos; George Lucas, Marcinho Guerreiro, Fabiano, Estrada (Fabio Santos) e Julinho; Marquinhos Gabriel (Robinho) e William (Maurício Alves).
Técnico: Muricy Ramalho. Técnico: Silvas.
Gols: Borges, aos 9 minutos do primeiro tempo; Borges, aos 6 minutos, Maurício Alves, aos 42, e Rychely, aos 47 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Roger (Santos); Marcinho Guerreiro, Gustavo Bastos, Julinho e Fabiano (Avaí).
Local: Vila Belmiro, Santos (SP). Data: 05;/06/2011. Competição: Campeonato Brasileiro.
Árbitro: José de Caldas Souza (DF). Auxiliares: César Augusto Vaz e Carlos Emanuel Manzolillo (DF).
Renda: R$ 64.420,00. Público pagante: 4.109 pessoas.
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domingo, 5 de junho de 2011

05/06/2011 17h52 - Atualizado em 05/06/2011 18h20

Na ‘preliminar’ dos reservas, Coritiba passeia em goleada sobre o Vasco

Em duelo que antecede a decisão da Copa do Brasil, Anderson Aquino, suspenso na quarta-feira, brilha nos 5 a 1 do Coxa no Couto Pereira

Por Gustavo Rotstein Curitiba
Neste domingo, a torcida do Coritiba deixou o Couto Pereira em estado de euforia com a vitória por 5 a 1. No entanto, por incrível que pareça, também com uma ponta de frustração. Afinal, Anderson Aquino, destaque da goleada sobre o Vasco, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, não estará em campo na próxima quarta-feira para enfrentar o mesmo adversário e no mesmo estádio, numa partida de importância muito maior. O atacante cumpre suspensão automática no jogo de volta da final da Copa do Brasil.
Depois de duas vitórias nas primeiras rodadas do Brasileirão, os reservas do Vasco mal viram a cor da bola. O consolo dos torcedores cruz-maltinos é que serão os titulares que estarão no Couto Pereira na próxima quarta-feira para decidir a Copa do Brasil, depois da vitória por 1 a 0 em São Januário. O próximo compromisso dos vascaínos no Brasileirão é no próximo sábado, contra o Figueirense, no Rio de Janeiro. Já o Coritiba, que conseguiu a sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro, enfrenta o Botafogo, domingo, no Engenhão.
tcheco coritiba x vasco (Foto: Agência Estado)Tcheco comemora o gol que abriu a goleada do Coxa sobre o Vasco (Foto: Agência Estado)
Empurrado pela torcida, Coxa atropela o 'Expressinho' do Vasco
Foi um passeio do Coritiba no primeiro tempo. Em 20 minutos, o time da casa marcou quatro gols com extrema facilidade, contando com a grande movimentação de seu ataque e uma atuação desastrosa da defesa do Vasco. Se de um lado o Coxa tinha Anderson Aquino, do outro os vascaínos tinham o lateral-esquerdo Max, que cometeu erros decisivos para a composição do placar.
O Coritiba abriu o placar aos três minutos, depois que Fernando viu Anderson Aquino passar por suas costas e receber a bola do lado direito, num lance que nasceu num erro de Max na saída de bola. O atacante cruzou rasteiro, mas Jomar cortou erradamente. Tcheco ficou com a sobra e chutou da marca do pênalti, fazendo 1 a 0. Aos 11, Anderson Aquino deixou o papel de garçom para assumir o de artilheiro. Leonardo cruzou pela esquerda, Fernando Prass não cortou e, dentro da área, o atacante marcou o segundo. Aos 14, Max errou um passe que originou o ataque do Coritiba. Maranhão avançou pelo lado direito e lançou Aquino, que tocou na saída do camisa 1 vascaíno, marcando 3 a 0.
No mesmo momento, Ricardo Gomes chamou Jumar para reforçar a marcação do lado esquerdo do Vasco. Max teve a chance de minimizar suas falhas, mas perdeu um gol feito. Já o Coritiba não desperdiçou sua chance e, aos 20 minutos, ampliou. Leonardo cruzou pelo lado esquerdo, e Anderson Aquino marcou seu terceiro na partida.
Até o fim do primeiro tempo, o Vasco seguiu sendo dominado, embora tenha criado algumas chances de gol. O Coritiba seguiu em busca do ataque, mas esbarrou na marcação um pouco mais firme do adversário.
Aplausos de pé para Aquino
O Vasco voltou para a segunda etapa com Bernardo no lugar de Enrico. Mesmo assim, a equipe de Ricardo Gomes não conseguiu articular jogadas de ataque e, apesar de não se mostrar tão vulnerável, continuava a ser dominada. Aos 16 minutos, o Couto Pereira se levantou para aplaudir a saída de Anderson Aquino. Geraldo, que pode herdar a vaga de titular na decisão, entrou no lugar dele.
fagner felipe bastos coritiba x vasco (Foto: Agência Estado)Sem sucesso, reservas do Vasco tentam parar o Coxa no Couto Pereira (Foto: Agência Estado)


E mesmo diminuindo seu ritmo, o Coritiba não precisou de muito esforço para marcar mais um, novamente pelo lado direito de seu ataque. Everton Ribeiro lançou para Maranhão, que chutou rasteiro, no canto esquerdo de Fernando Prass, fazendo o quinto gol. A torcida da casa aproveitou para chamar o goleiro do Vasco, que já defendeu o Coxa, de frangueiro.

O Vasco ainda chegou ao gol de honra. Bernardo cobrou falta rasteira, e a bola sobrou para Élton. O atacante teve espaço para dominar e concluir. Mas foi só. Quem continuou a tomar conta da partida foi o Coritiba, que criou e perdeu boas oportunidades de chegar a um placar ainda mais elástico.

CORITIBA 5 X 1 VASCO
Vanderlei, Maranhão, Walisson, Luccas Claro e Eltinho (Triguinho); Djair, Marcos Paulo, Tcheco e Éverton Ribeiro (Éverton Costa) ; Anderson Aquino (Geraldo) e Leonardo. Fernando Prass, Fagner, Jomar, Fernando e Max (Irrazábal); Jumar, Fellipe Bastos, Jéferson (Chaparro) e Enrico (Bernardo); Leandro e Élton.
Técnico: Marcelo Oliveira. Técnico: Ricardo Gomes.
Gols: Tcheco, aos 2, Anderson Aquino, aos 10, 14 e 19 minutos do primeiro tempo. Maranhão, aos 19, e Elton, aos 22 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Walisson e Luccas Claro (Coritiba); Fellipe Bastos e Irrazábal (Vasco).
Estádio: Couto Pereira, em Curitiba (PR). Data: 05/06/2011. Árbitro: Célio Amorim (SC). Auxiliares: Kleber Lúcio Gil (SC) e Ângelo Rudimar Bechi (SC). Público: 16.691 pagantes (18.554 presentes). Renda: R$ R$ 205.860,00.


                    
  

Viçosa, duas vezes 9, dá vitória ao Grêmio: 2 a 0 sobre o Bahia

Jogador segue ensinamentos de Renato Gaúcho e marca dois gols típicos de centroavante contra um adversário de rendimento pobre

por Alexandre Alliatti
junior viçosa  grêmio x bahia (Foto: Wesley Santos/Pressdigital)Aplausos para Viçosa: Grêmio vence no Olímpico
(Foto: Wesley Santos/Pressdigital)
Júnior Viçosa leva às costas o número 29, como se quisesse ser duas vezes 9, duas vezes centroavante. E foi. Pelo menos neste domingo, foi um duplo: duas vezes na frente do gol, duas bolas na rede, duas comemorações. Com o atacante em tarde de um brilho não exatamente habitual, o Grêmio foi superior ao Bahia, venceu por 2 a 0 no Olímpico e saltou na tabela, já de olho na zona de classificação para a Libertadores.
O inverso da moeda é a situação dos tricolores baianos. Ainda esperançoso de que medalhões como Carlos Alberto e Ricardinho resolvam a pobreza técnica da equipe, o Bahia teve mais insistência do que competência. Mereceu perder e, como consequência, começou a ser sufocado pela tabela: tem apenas um ponto, na área de queda para a Série B.
Os dois gols de Júnior Viçosa foram marcados ainda no primeiro tempo. O jogo marcou a estreia de Marquinhos pelo Grêmio. Ele foi a campo na etapa final.
Os gaúchos voltam a campo no sábado. Encaram o São Paulo no Morumbi. O Bahia, no domingo, recebe o Atlético-MG.
Renato ensina, Viçosa aprende: 2 a 0 no primeiro tempo
Manhã de sábado, Olímpico, tradicional treino recreativo de vésperas de partidas. Bola alçada na área. Renato Portaluppi, dois quilômetros à frente do última zagueiro (mas desde quando chefe fica impedido?), desvia de cabeça. Bola na rede. Imediatamente, o técnico olha para Júnior Viçosa e aponta para o gol, como quem diz: “Viu como se faz?”.
Viu, sim. Pois foi justamente Júnior Viçosa, com dois gols no primeiro tempo, o desenhista da vitória azul. Ainda longe de ter com a bola o mesmo relacionamento que o treinador tinha nos tempos de boleiro, o atacante teve oportunismo. Fez dois gols típicos de centroavante: um de cabeça, outro com o pé, ambos a poucos centímetros do gol.
Foi justo o resultado final do primeiro tempo. E muito mais pela fraqueza do Bahia do que pela qualidade do Grêmio, em tarde competente, mas não mais do que isso. O time gaúcho teve a bênção do relógio: pulou na frente cedo, com cinco minutos, após toque de calcanhar de Fernando, cruzamento de Mário Fernandes e desvio de cabeça de Viçosa.
O time nordestino ainda não teve suas duas principais contratações, Carlos Alberto e Ricardinho, em processo de condicionamento físico. Contando com a criação de Lulinha, a correria de Jobson e algum surto produtivo de Souza, o Tricolor de Salvador ficou a ver navios no gramado do Olímpico. Teve uma chance com Jobson, em boa defesa de Marcelo Grohe, e outra com Souza, em cabeceio fraco. Só.
O Grêmio foi mais produtivo. Escudero, no losango do meio-campo, ocupou o lugar de Lúcio, vetado, com dores nas costelas. Foi bem o argentino. Na direita, Mário Fernandes contribuiu com chegadas fortes ao ataque. Chamou a atenção o desempenho dissonante de Lins. Depois de muito bater boca com a bola, ele participou da jogada do segundo gol de Júnior Viçosa. Pela esquerda de ataque, tabelou com Escudero e acionou o artilheiro da tarde, que só completou para a rede.
Crescimento inútil do Bahia; Marquinhos estreia
O Bahia voltou melhor para o segundo tempo. O time de René Simões conseguiu se apossar do campo de ataque, rondou a área gremista, colecionou escanteios. Mas foi pouco efetivo. A contrapartida foi o perigo do Grêmio nos contra-ataques. O resultado ficou em vias de engordar. Mas não aconteceu.
Foi curiosa a postura do treinador do Tricolor de Salvador. Com sua equipe perdendo o jogo e apresentando soluções quase nulas, ele só mexeu em sua equipe depois dos 30 minutos. As entradas de Maranhão e Rafael estiveram longe de resolver os problemas dos visitantes. O melhor momento do Bahia no segundo tempo (e em toda a partida) foi uma cobrança de falta de Ávine, no travessão de Grohe.
O Grêmio, na base da velocidade, poderia ter ampliado. Viçosa teve sua chance, em pancada cruzada. Lins também, mas o desvio foi fraco. Para os quase 20 mil gremistas que foram ao Olímpico, a maior atração da etapa final foi a estreia de Marquinhos.
O reforço azul, buscado no Avaí, demonstrou o bom toque de bola que fez o Grêmio contratá-lo. Mas não teve tempo para produzir nada de excepcional. Afinal, o jogo estava praticamente garantido para os gaúchos, na vitória desenhada por Júnior Viçosa, duas vezes 9, duas vezes centroavante.




   

No bom adeus de Pet, Flamengo e Corinthians ficam no empate

Timão assume liderança provisória ao lado do rival Palmeiras, com sete pontos ganhos, e rubro-negros não conseguem se aproximar dos líderes

por GLOBOESPORTE.COM
Foram 197 partidas com a camisa rubro-negra. Ora vestindo a 10, com a qual marcou os gols de falta do título do tricampeonato carioca e da Copa dos Campeões, ambos em 2001. Ora com a 43, com a qual comandou ao lado do agora corintiano Adriano o hexa brasileiro. Petkovic se despediu da torcida em jogo com muita emoção e, como mesmo disse, à vera. O Corinthians, que não tinha nada a ver com isso, bem que tentou estragar a festa, regada a mosaico e volta olímpica no intervalo no Engenhão. Empolgado, o sérvio teve boa atuação e saiu sob os gritos de "fica!". Mas não viu o Flamengo vencer. O time ficou no empate por 1 a 1 com o rival paulista, que até então tinha 100% de aproveitamento no Campeonato Brasileiro.
Willian e Renato Abreu, de falta, marcaram os gols para as duas equipes, no primeiro tempo. Com o resultado, o Corinthians, que estava com 100% de aproveitamento e foi superior no primeiro tempo, vai para sete pontos e ocupa a liderança provisória - espera o desfecho da rodada na próxima quarta-feira. O Flamengo, que vencera na estreia e empatara com o Bahia, chega a cinco pontos. Na quarta rodada, o Flamengo vai à Arena da Baixada encarar o Atlético-PR, no domingo. No mesmo dia, o Corinthians receberá o Fluminense no Pacaembu.
despedida petkovic (Foto: André Durão/Globoesporte.com)Em grande estilo, Petc se despede com boa atuação e empolga a torcida (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Timão assusta
O mosaico feito pela torcida rubro-negra com as cores da Sérvia, que depois se transformava na bandeira do Flamengo, certamente fez o meia sérvio fazer uma viagem no tempo e se lembrar quando, com nove anos, em Madjanpek, brincava de bater bafo-bafo e conseguir a figurinha do ídolo Zico para preencher o álbum da Copa do Mundo de 1982. Agora, estava ali, no mesmo clube do maior camisa 10 da Gávea, despedindo-se dos campos.
Ronaldinho Gaúcho, o novo astro, deu a ele a braçadeira de capitão. Os jogadores entraram todos com o nome do sérvio às costas, em mais uma homenagem. Mas o Corinthians não queria saber de festa para o sérvio. Por pouco não botou água no chope logo na saída. Aos 40 segundos, Willian, de fora da área, fez Felipe bater roupa. No rebote, Liédson, ex-Flamengo, obrigou o ex-goleiro corintiano a fazer grande defesa.
flamengo x corinthians willian (Foto: Alexandre Cassiano/O Globo)Willian se antecipa à zaga e abre o placar para o Timão
(Foto: Alexandre Cassiano/O Globo)
Estava clara, ali, que a intenção do técnico Tite era se aproveitar do cllima festivo da despedida de Pet. Com três atacantes, forçava o jogo explorando a velocidade. Principalmente do camisa 9 e de Jorge Henrique, de volta à equipe, que se aproveitou de falha de marcação da zaga rubro-negra e perdeu a segunda chance de gol em menos de cinco minutos.
Era questão de tempo para o Timão abrir o placar. Ralf e Paulinho bloqueavam as jogadas ofensivas do Flamengo e alugavam o meio-campo com a boa quantidade de desarmes. Danilo virava bem o jogo pelas laterais. Pelo lado direito, Weldinho fazia sua estreia e entrava para a história na despedida de Pet: levou vantagem sobre Egídio na arrancada e centrou na medida para Willian, mais rápido do que David Braz, tocar sem defesa: 1 a 0 Timão, aos 18 minutos.
Boas jogadas de Pet
O autor do gol, por sinal, era um dos que apresentavam futebol rápido e insinuante. A zaga do Flamengo voltava a mostrar as velhas falhas individuais e de colocação. De volta à equipe, Léo Moura, sem ritmo, estava lento nos avanços. Egídio, que no começo apoiava bem, sentiu o baque das vaias após a jogada do gol corintiano. As melhores jogadas saíam dos pés de Ronaldinho, aberto pela esquerda mas pouco acionado, e Petkovic.
 O sérvio, que bateu bem quatro escanteios, chegou a tabelar algumas vezes com R10 e fez três belíssimas jogadas:na primeira, entrou driblando na entrada da área; na segunda, deu drible desconcertante em Ralf na intermediária rubro-negra; e, por último, voltou a ser o belo garçom como em 2001 e 2009, quando rolou a bola para Wanderley. O atacante chegou uma fração de segundo depois do goleiro Julio Cesar, que saiu muito bem para cortar o lance (assista ao vídeo ao lado).
Faltava, para Pet, dar adeus aos gramados sem ver o time derrotado, ainda que parcialmente. Foi aí que o sérvio ganhou um presente. Ronaldinho caiu na meia direita após dividida com Fábio Santos. O árbitro Héber Roberto Lopes interpretou como falta. O camisa 43 se colocou para bater, a torcida pediu, mas foi Renato Abreu quem cobrou - dessa vez colocado, à la Pet, e meteu no ângulo esquerdo, sem defesa, aos 39.
O Corinthians merecia vencer nos primeiros 45 minutos, mas Pet também merecia aquela vibração. Foi o primeiro a correr em direção a Renato para abraçá-lo, como que agradecendo pelo gol, e despediu-se com um empate nos primeiros 45 minutos e sob os gritos de "Fica!" da torcida na volta olímpica.
Ronaldinho cresce
Após as homenagens, com direito a placa da presidente do clube, Patrícia Amorim, Pet saía emocionado de campo. Na volta do intervalo, Renato Abreu explicava que deixara o camisa 43 à vontade para bater a falta, mas o próprio homenageado preferiu que o volante fizesse a cobrança. E já com Negueba no lugar do sérvio na segunda etapa, o Flamengo abriu mais o jogo pelas laterais.
O Corinthians continuou ofensivo. Resumo: as duas equipes tiveram chances de abrir o placar logo no início em bolas aéreas. Renato Abreu e Liédson pararam nas boas intervenções dos goleiros. A equipe paulista sofreu uma desvantagem: numa dividida com Felipe, Liédson se contundiu e pediu substituição. Tite lançou Edenilson. O time caiu um pouco de rendimento, mas ainda levava perigo com Willian.
Luxemburgo trocou Wanderley, apagadíssimo, por Diego Maurício, que pouco depois recebeu passe açucarado de Ronaldinho Gaúcho, mas, fominha, não devolveu e desperdiçou a chance ao bater cruzado, para fora. R10, que crescia na partida pela direita, reclamou, e por pouco não desempatou a partida ao girar sobre o marcador pelo meio e bater na trave.
 Tite mexeu na armação corintiana: trocou Danilo, cansado, por Morais, para tentar tirar o time do sufoco. Depois, tirou Jorge Henrique, cansado, para promover a estreia de Emerson, o Sheik. O Fla até pressionava, mas esbarrava na fraca atuação de Negueba, que errava todas as jogadas individuais. Na tentativa de melhorar o avanço pelo lado esquerdo, Vanderlei Luxemburgo pôs o estreante Júnior César no lugar de Egídio, que acabou saindo aplaudido.
Visivelmente cansado, o Corinthians tentava segurar uma pressão rubro-negra que também não se traduzia em oportunidades de gol. Mas, no finalzinho, foi Leandro Castán que se aproveitou da fragilidade da zaga rubro-negra pelo alto para quase marcar de cabeça o gol da vitória - Felipe salvou à queima-roupa. O Flamengo tentava o gol no fim, mas, exceto o incansável Willians, as pernas não obedeciam mais. O empate estava de bom tamanho.
flamengo 1 x 1 corinthians
Felipe, Léo Moura, Welinton, David Braz e Egídio; Willians, Renato Abreu, Bottinelli e Petkovic (Negueba); Wanderley (Diego Maurício) e Ronaldinho Gaúcho. Julio Cesar, Weldinho, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo (Morais); Willian, Liedson (Edenilson) e Jorge Henrique (Emerson).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo. Técnico: Tite.
Gols: no primeiro tempo, Willian, aos 18, e Renato Abreu, aos 39 minutos.
Cartões amarelos: Liédson (Corinthians) e Willians e Negueba (Flamengo).
Local: Engenhão. Data: 05;/06/2011. Competição: Campeonato Brasileiro. Árbitro: Héber Roberto Lopes (Fifa-PR). Auxiliares: Gilson Bento Coutinho (PR) e Ivan Carlos Bohn (PR). Renda: 1.180.655,00. Público pagante: 37.010. Público presente: 42.000.
  
                                                                                      
04/06/2011 20h28 - Atualizado em 04/06/2011 21h34

Ceará e Botafogo empatam no bom duelo em preto e branco: 2 a 2

Defesas falham em jogo com muita disposição e apenas dois cartões

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Bom público - ainda que o divulgado oficialmente tenha sido de aproximadamente10 mil pagantes -, boa partida, muita movimentação, quatro gols, emoção até o fim e apenas dois cartões amarelos. Como lado negativo, as falhas das defesas. Mas quem foi ao estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, ou acompanhou pela TV, não se arrependeu. Neste sábado à noite, o duelo em preto e branco entre Ceará e Botafogo mostrou duas equipes empenhadas em vencer. O empate por 2 a 2 até que acabou justo. O Alvinegro carioca mandou na primeira etapa. O Vovô, na segunda.
Elkeson e Antônio Carlos marcaram para o Botafogo que, com quatro pontos, ocupa a zona intermediária da tabela. Osvaldo e Michel fizeram os do time da casa, que também tem quatro pontos. Na quarta rodada, o Vovô vai a Goiânia encarar o Atlético-GO, no Serra Dourada, no próximo domingo. O clube carioca receberá no mesmo dia, no Engenhão, o Coritiba.
botafogo x ceará herrera (Foto: Agência Estado)Muito isolado no ataque, Herrera pouco produz no seu retorno à equipe do Botafogo (Foto: Agência Estado)
Velocidade
Foi num ritmo alucinante que o duelo de alvinegros começou e ficou por um bom tempo na primeira etapa. Com esquema privilegiando ocupar bem o meio-campo - o 4-5-1 -, o técnico Caio Junior deu a senha de que queria um Botafogo frenético na marcação e chegando com velocidade ao ataque. O time imprensou de cara o Vozão em seu campo defensivo. Marcelo Mattos e Lucas Zen faziam o trabalho de operários para os três meias imprimirem seu ritmo.
Do lado direito, Maicosuel buscava as boas arrancadas que sabe dar com a bola no pé e chamava Alessandro para tabelar nas ultrapassagens. Pela esquerda, era Everton que procurava abrir o leque de opções - na primeira jogada, reclamou com razão de uma falta cometida por Fabrício, que interceptou a bola com o braço perto da grande área. O árbitro Sálvio Spinola mandou o jogo seguir.
E como seguiu. Com dois meias abertos e o outro - Elkeson - mais centralizado, o Botafogo tocava bem a bola. Mas o esquema deixava o atacante argentino Herrera - de volta à equipe - muito isolado na frente. Nenhum dos três armadores se aproximava do camisa 17 na área. Esse foi o grande problema. A zaga do time cearense acabou com o trabalho facilitado.
Se a defesa do Vovô dificultava a vida do Botafogo, o meio-campo, aos poucos, foi tirando o time do sufoco imposto pelos visitantes. Com três volantes e Iarley na armação, procurava explorar os contra-ataques, contando com a velocidade de Marcelo Nicácio e Osvaldo, deslocado para o lado direito para aproveitar as saídas do lateral Cortês.
Gols e show de erros do árbitro
Não dava certo. Pior: foi Cortês quem puxou a jogada fatal do gol alvinegro, aos 28 minutos. Em arrancada pela esquerda, tocou para Elkeson, que arriscou um forte chute da entrada da área. A bola quicou e enganou o goleiro Fernando Henrique, que falhou no lance.
 Sorte do Ceará é que a defesa do Botafogo, até então impecável na partida, começou a falhar. O mesmo Osvaldo já aparecia pela meia esquerda. Por ali recebeu presente de Fábio Ferreira, que hesitou com Antônio Carlos para ir na bola e tocou errado dentro da área. O perigoso camisa 10 do Vovô bateu e ainda contou com desvio do camisa 4 do Alvinegro carioca para tirar o goleiro Renan do lance: 1 a 1, aos 35 minutos.

Erros piores, só os do árbitro Sálvio Spinola, que mostrou péssima colocação em dois lances (veja no vídeo acima). Em um, "tabelou" com Everton na jogada do Botafogo. No outro, esbarrou no lateral Vicente, atrapalhando o Vovô. Mas a maior irritação foi de Maicosuel e Herrera, após Lucas Zen errar um contra-ataque pela direita. O jeito era explorar mesmo o lado esquerdo, e Cortês bem que fez o serviço direitinho ao ir à linha de fundo e centrar na medida para Everton cabecear para fora a chance do desempate.
Duelo tático e mais gols
O empate na primeira etapa acabou injusto para o Botafogo, melhor na partida, ainda que o Ceará tenha crescido um pouco nos minutos finais - esbarrou na fraca pontaria dos atacantes. O técnico Vagner Mancini resolveu mexer no lado direito do time: sacou o lateral Murilo, dominado por Cortês. Botou o garoto Sinho, um meia ofensivo pela direita, e deslocou João Marcos para a lateral - justamente o que subiu melhor ao ataque e até criou boa chance.
Caio Junior deu o troco. Botou Maicosuel no lado esquerdo para ajudar Cortês e passou Everton para armar pela direita. A partida ficou equilibrada. O Vovô melhorou o jogo aéreo, mas Marcelo Nicácio desperdiçava chances. Do lado alvinegro, Elkeson mostrava seu poder de fogo nos chutes de fora da área - em uma boa oportunidade, Fernando Henrique, dessa vez, conseguiu espalmar.
Everton sumia em campo, dando sinais de cansaço. Acabou trocado por Thiago Galhardo. O Ceará subia mais ao ataque, e Michel, que tomava conta do meio-campo e já arriscara antes de fora da área, recebeu de Iarley e bateu na veia aos 17. Renan ainda tocou na bola. Apesar da violência e da beleza, o chute não era indefensável.
A virada do Ceará fazia jus ao domínio no segundo tempo. Mais compacto, o time tocava melhor a bola, e o Botafogo sentia o golpe do segundo gol. O Alvinegro carioca já não mostrava a velocidade e o vigor da primeira etapa. Mas é aí que a bola pune. Era cedo para o Ceará se limitar a tentar esfriar o jogo. E se no primeiro tempo a zaga do Botafogo deu presente para o Vovô, a cearense devolveu. Em falta cobrada pela direita, aos 28 minutos, Marcelo Mattos veio de trás e deu carrinho na bola, que sobrou para Antônio Carlos, livre, empurrar para as redes.
Os técnicos voltaram a mexer. Vagner Mancini sacou o apagado Marcelo Nicácio e pôs Júnior. Caio Junior trocou os cansados Lucas Zen e Maicosuel por Somália e Caio, Depois, o Ceará fez a última mexida, com Geraldo no lugar de Iarley. Júnior quase fez de cabeça para o Vovô. Thiago Galhardo mandou na trave. Foi emoção até o fim. Ninguém merecia perder.
ceará 2 x 2 botafogo
Fernando Henrique, Murilo (Sinho), Fabrício, Erivélton e Vicente; Michel, João Marcos, Eusébio e Iarley (Geraldo); Osvaldo e Marcelo Nicácio (Júnior). Renan, Alessandro, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Cortês: Marcelo Mattos, Lucas Zen (Somália), Everton (Thiago Galhardo), Maicosuel (Caio) e Elkeson; Herrera.
Técnico: Vagner Mancini Técnico: Caio Junior.
Gols:no primeiro tempo, Elkeson, aos 28, e Osvaldo, aos 35 minutos. No segundo tempo, Michel, aos 17, e Antônio Carlos, aos 28 minutos.
Cartões amarelos: Antônio Carlos (Botafogo) e Erivélton (Ceará)
Local: Estádio Presidente Vargas (CE). Competição: Campeonato Brasileiro. Árbitro: Sálvio Spínola (SP). Auxiliares: João Chaves (SP) e Eduardo Neves (SP). Público: 9.945 pagantes.


04/06/2011 20h32 - Atualizado em 04/06/2011 21h17

É para você, Abel: Com dois gols de He-Man, Flu supera o Cruzeiro

Rafael Moura garante 2 a 1 para o Tricolor no Engenhão. Partida foi a última sem o treinador, que chega quarta-feira, após longa espera

Por Cahê Mota Rio de Janeiro
Em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, Abel Braga deve estar com o sorriso de orelha a orelha. Em noite de Rafael Moura, o Fluminense derrotou o Cruzeiro por 2 a 1, neste sábado, no Engenhão. Com a vitória na terceira rodada do Brasileirão, o time aguarda em clima de paz o  treinador, que, após mais de dois meses de espera, chega ao Brasil na próxima quarta-feira. Substituto de Fred, na Seleção, He-Man foi autor dos gols cariocas, enquanto Anselmo Ramon descontou.
O duelo diante da Raposa, na verdade, já representou o início da “Era Abel” nas Laranjeiras. Auxiliar do treinador, Leomir comandou a equipe do banco de reservas e viu seu primeiro pedido ser atendido: o Flu continuou marcando bem, como ele tinha analisado, mas foi mais ofensivo, com direito a uma nova boa atuação de Deco. Com a vitória, o Tricolor pula para seis pontos, na sexta colocação, e encara o Corinthians, no outro domingo, às 16h (de Brasília), no Pacaembu.
Já o Cruzeiro, equipe sensação do início do ano no futebol brasileiro, segue sua via-crúcis após a  eliminação nas oitavas de final da Libertadores. Se o título mineiro foi importante para aliviar a ressaca, em três partidas a equipe ainda não venceu no Campeonato Brasileiro e tem somente um ponto. Na 17ª colocação, o time está surpreendentemente na zona de rebaixamento e recebe o Santos, no próximo sábado, às 18h30m, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
Confira a classificação atualizada do Brasileirão!
Primeiro tempo em três atos e vantagem do Flu
O Fluminense sem Fred. O Cruzeiro sem Fábio e Henrique – todos na Seleção. Noite chuvosa no Rio de Janeiro. E público ruim. Os fatores extracampo não colaboravam para que o duelo no Engenhão fosse um grande espetáculo. Mas estavam em campo os atuais campeão e vice do Brasileirão. Motivo suficiente para que se esperasse um bom jogo. E foi o que aconteceu em um primeiro tempo dividido em três atos.
Com Montillo e Conca abaixo do esperado, Gilberto e Deco assumiram a responsabilidade de conduzir as equipes ao ataque. Foram 45 minutos divididos em tempos de 15. Na primeira parte, o Fluminense marcou pressão, dificultou a saída de bola de um Cruzeiro que quase não passou do meio-campo e abusou das jogadas pelas laterais com Mariano e Julio Cesar. Essa, por sinal, uma orientação de Abel Braga pela voz de Leomir. O Tricolor era todo ataque, mas criava poucas chances claras de gol.
A partir dos 16, a maré virou, e a cor predominante em campo foi o azul. Inquieto, Gilberto corria de um lado para o outro e conduzia a equipe mineira. O veloz Wallyson enlouquecia os zagueiros. Porém, faltava ao Cruzeiro também poder de fogo, e as melhores oportunidades surgiram em faltas pelas laterais e chutes de longa distância. Nada capaz de tirar o sono de Berna.
Até que chegou o minuto 31, e, como se fosse combinado, o Flu voltou a tomar conta do jogo. Emplacando sua terceira boa atuação consecutiva, Deco dava bons passes, driblava e levava perigo em chutes de longe. E de tanto tentar, o luso-brasileiro fez a diferença aos 46, quando cobrou falta com maestria na cabeça de Rafael Moura. O He-Man testou firme na pequena área e decretou o placar na descida para o vestiário: 1 a 0.
rafael moura  fluminense x cruzeiro (Foto: Rafael Moraes/Photocamera)Rafael Moura mostrou oportunismo: um gol em cada tempo no Engenhão (Foto: Rafael Moraes/Photocamera)

He-Man entra em ação novamente e garante vitória tricolor
Na volta para o segundo tempo, a partida perdeu suas “divisões” e passou a ser disputada em um panorama muito claro: o Cruzeiro, com Anselmo Ramon e Brandão ao lado de Wallyson no ataque, se mandava como uma avalanche em busca do empate, enquanto o Fluminense apostava nos contragolpes puxados pela dupla Conca e Deco. A tática cruzeirense surtiu mais efeito.
Tirando alguns chutes sem muito perigo de Deco e Rafael Moura, o Tricolor se mostrava mais preocupado em administrar a partida do que em atacar. E isso ficou claro no lance do gol de empate dos mineiros. Em saída para o ataque, Deco optou por segurar a bola e se escorar na marcação, em vez dos toques rápidos do primeiro tempo. Pecado mortal. Leandro Guerreiro fez o desarme, e Brandão acionou Wallyson. O camisa 9 tabelou com Anselmo Ramon e cruzou para o próprio companheiro escorar na pequena área e decretar o empate em boa trama celeste, aos 21.
O susto, porém, foi suficiente para acordar o Fluminense. Já com Araújo no lugar de Rodriguinho, a equipe trocou o marasmo pela objetividade e voltou a ficar em vantagem aos 26. Em lance digno de um apoiador, o volante Valencia descolou bom passe para Rafael Moura, livre dentro da área. O He-Man dominou, levantou a cabeça e viu um buraco gigantesco na sua frente, proporcionado pelo mau posicionamento de Rafael. Foi necessário apenas tocar no cantinho para fazer 2 a 1.
O Cruzeiro ainda assustou nos minutos finais, mas não conseguiu novo empate. Na arquibancada, gritos “o campeão voltou”. Em Abu Dhabi, felicidade e otimismo para quem, a partir de quarta, terá a missão de conduzir o barco tricolor.

Fluminense 2 x 1 Cruzeiro
Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Julio Cesar; Valencia, Edinho, Deco e Conca (Souza); Rafael Moura (Marquinho) e Rodriguinho (Araújo). Rafael, Vitor (Pablo), Gil, Victorino e Everton (Brandão); Leandro Guerreiro, Marquinhos Paraná, Gilberto e Montillo; Wallyson e Thiago Ribeiro (Anselmo Ramon).
Técnico: Leomir. Técnico: Cuca.
Gols: Rafael Moura, aos 46 minutos do primeiro tempo. Anselmo Ramon, aos 21, e Rafael Moura, aos 26 minutos do segundo tempo.
Cartões Amarelos: Mariano e Leandro Euzébio (FLU).
Local: Engenhão, no Rio de Janeiro. Data: 04/06/2011. Arbitragem: André Luiz de Freitas Castro (GO), auxiliado por Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Fábio Pereira (TO). Público pagante: 4.530. Público resente: 6.674. Renda: R$ 131.365,00.


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04/06/2011 22h54 - Atualizado em 05/06/2011 02h00

Figueirense supera o Atlético-GO e se mantém 100% dentro de casa

Time catarinense vence por 2 a 0 no estádio Orlando Scarpelli e pula para a sexta posição no Brasileiro. Héber e Édson Silva fazem os gols da partida

Por GLOBOESPORTE.COM Florianópolis
O Figueirense conseguiu neste sábado sua segunda vitória em dois jogos no estádio Orlando Scarpelli neste Campeonato Brasileiro. O time catarinense fez a festa de sua torcida ao derrotar o Atlético-GO pelo placar de 2 a 0. Héber e Édson Silva fizeram os gols do jogo, válido pela terceira rodada da competição.
Com o resultado, o Figueirense assumiu a sexta posição na tabela de classificação, com seis pontos. O Dragão caiu para 13º, com três. Lidera o Brasileirão o Palmeiras, que mais cedo bateu o Atlético-PR (1 a 0) e soma sete pontos ganhos. Na próxima rodada, o Figueira visita o Vasco, enquanto o Atlético-GO recebe o Ceará.
Primeiro tempo de poucas emoções
Os dois times entraram em campo com escalações cautelosas: três volantes e apenas um homem de criação no meio-campo. O jogo em si na primeira etapa foi bem morno. Dono da casa, o Figueirense até que tentou se lançar ao ataque, mas esbarrou na falta de inspiração e no bem postado time do Atlético.
Aloísio, na base da individualidade, foi quem mais assustou pelo Figueira, mas a pontaria esteve ruim. Wellington Nem chegou a ter uma boa chance, a melhor da etapa inicial. Dentro da área, o meia recebeu livre e bateu cruzado. A bola foi para fora.
No time do Atlético, as melhores chances da etapa inicial surgiram em chutes de longe. Primeiro, Agenor assutou. Depois, Adriano obrigou o goleiro Wilson a fazer boa defesa. Mas não passou disso.
aloisio atlético-go x figueirense (Foto: Agência Estado)Aloísio (de frente) tenta levar o Figueirense ao ataque (Foto: Agência Estado)
Ainda aos 33 da etapa inicial, o Figueirense perdeu o atacante Reinaldo. O jogador aparentemente sentiu um problema muscular e pediu para sair. Héber entrou em seu lugar, porém não conseguiu mudar o panorama do jogo de imediato.
Na volta para o segundo tempo, o técnico PC Gusmão sacou o volante Pituca, único advertido com cartão amarelo até então na partida, e lançou Rômulo, que é volante de origem, mas que jogou como um terceiro zagueiro, na sobra.
O Figueira, uma vez mais, começou mais animado. Ygor, de cabeça, assustou logo no comecinho. Depois, Wellington Nem fez boa jogada individual pela ponta esquerda e, dentro da área, caiu pedindo pênalti após disputa com Rômulo. A arbitragem, acertadamente, mandou o jogo seguir.
Aos poucos, o ritmo começou a cair novamente. O congestionamento e a falta de criatividade no meio do campo voltou a dar o tom. Em tímidos contragolpes, o Atlético tentou alguma coisa. Num deles, aos 12, Marcão recebeu na área e bateu na rede pelo lado de fora.
Bobeada sela a sorte da partida
Sentindo que precisava melhorar o rendimento para poder ganhar o jogo, o técnico Jorginho resolveu ousar: sacou seu meia de criação, Wellington Nem, e lançou o atacante Rhayner. Pouco adiantou. O jogo seguiu com erros de passe de parte a parte e raros momentos de emoção.
Uma bobeada acabou por ser determinante para que o placar saísse do zero. Aos 23 minutos, Rômulo furou na entrada da área ao tentar cortar um passe e Héber ficou livre com a bola. O atacante do Figueira soltou a bomba de canhota e correu para o abraço.
O gol desestabilizou a equipe do Atlético, que passou a jogar muito mal. PC Gusmão ainda tentou turbinar seu ataque, trocando Felipe por Anselmo, mas quem voltou a marcar foram os donos da casa. Aos 28, o zagueiro Édson Silva escorou de cabeça um escanteio e fez o segundo do Figueirense.
Enquanto PC Gusmão tentou uma última cartada ao trocar o volante Agenor pelo meia Felipe Brisola, Jorginho tratou de fechar o time do Figueira, trocando o atacante Aloísio pelo zagueiro Roger Carvalho. Apesar disso, o panorama não mudou e os donos da casa seguiram melhores na partida até o apito final, embora não tenham feito mais gols.
Ficha técnica:
figueirense 2 x 0 atlético-go
Wilson; Bruno, João Paulo, Édson Silva e Juninho; Ygor, Túlio, Maicon e Wellington Nem (Rhayner); Reinaldo (Héber) e Aloísio (Roger Carvalho). Márcio; Adriano, Gílson, Anderson e Thiago Feltri; Agenor (Felipe Brisola), Pituca (Rômulo), Ramalho e Vítor Júnior; Felipe (Anselmo) e Marcão.
Técnico: Jorginho. Técnico: PC Gusmão.
Gols: Héber, aos 23, e Édson Silva, aos 28 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Rhayner (FIG), Agenor, Adriano e Pituca (ATG).
Estádio: Orlando Scarpelli, Florianópolis (SC). Data: 04/06/2011. Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP). Auxiliares: Alessandro Rocha de Matos (BA) e Emerson Augusto de Carvalho (SP).
04/06/2011 20h31 - Atualizado em 04/06/2011 20h55

Assunção vence 'duelo': Palmeiras bate Atlético-PR e dorme na liderança

Decisivo, volante do Verdão vence disputa particular com Paulo Baier e dá passe para gol de Chico. Com o 1 a 0, time atinge a ponta da tabela

Por Diego Ribeiro São Paulo
No duelo dos especialistas em faltas de Palmeiras e Atlético-PR, deu Marcos Assunção. Foi o camisa 20 o responsável por dar a liderança provisória do Campeonato Brasileiro ao Verdão. Enquanto Paulo Baier jogou mal e saiu na segunda etapa, o volante palmeirense resolveu na bola parada - num escanteio, levantou na medida para Chico marcar o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Furacão, neste sábado, no Canindé. A assistência é a oitava do volante na temporada. E com sete pontos em três jogos, o Palmeiras dorme na ponta da tabela da competição nacional.
O time vem correspondendo à meta estabelecida pelo técnico Luiz Felipe Scolari, que pediu três vitórias em casa e dois empates fora nas primeiras cinco rodadas. A vitória também mantém a escrita palmeirense no Canindé: cinco jogos, cinco vitórias no estádio em 2011. Sem contar que a equipe ainda não sofreu gols no estádio da Portuguesa.
Enquanto o Palmeiras não sofre, o Atlético-PR não marca. A equipe de Adilson Batista segue zerada na tabela, tanto em pontos quanto em gols. Preocupação para a equipe paranaense, que jogou mal e ficou a maior parte do tempo na defesa.
Na próxima rodada, o Palmeiras vai ao Beira-Rio enfrentar o Internacional, domingo, às 16h. O Furacão recebe o Flamengo também no domingo, na Arena da Baixada, às 18h30m.
Correr para esquentar...
Em um gelado Canindé, o Palmeiras correu demais – tanto para espantar o frio, quanto para cumprir as determinações de Felipão. Sem um armador de ofício no time - Lincoln ficou no banco -, o técnico pediu movimentação e troca intensa de passes. Destaque para Adriano Michael Jackson, que ganhou nova chance depois de problemas disciplinares, e nunca mostrou tanta disposição no Verdão. Voltando várias vezes para ajudar na marcação, no melhor estilo Luan, ele atrapalhou o já tímido ataque do Atlético-PR. Na frente, porém, o camisa 19 ainda peca, segurando demais a bola.
Nos primeiros 15 minutos, o Furacão tentava fazer suas jogadas com o arisco Adaílton, arma perigosa pela faixa esquerda do campo. Marcos se assustou em pelo menos duas oportunidades criadas pelo atacante rival. Mas, aos poucos, a equipe de Adilson Batista recuou e passou a apostar somente nos contra-ataques.
palmeiras x atlético paranaense kleber (Foto: Agência Estado)O Palmeiras de Kleber estreou camisa nova contra o Atlético-PR (Foto: Agência Estado)
E aí, com posse quase integral da bola, o Palmeiras dominou. Felipão gritava à beira do gramado para os jogadores terem calma na troca de passes, justamente o que faltou. Gabriel Silva, por exemplo, perdeu um gol incrível por conta dessa ansiedade. Após boa jogada de Kleber, o camisa 6, afoito, ajeitou para o pé direito (que nem é o bom) e, da pequena área, isolou e quase acertou as arquibancadas. Em outro lance, este mais polêmico, Gabriel invadiu novamente a área e caiu em disputa com Deivid. Os palmeirenses reclamaram muito de pênalti, não marcado pelo árbitro carioca Péricles Bassols.
Sem criatividade no meio-campo, as equipes tinham suas estrelas nas bolas paradas. As faltas de Marcos Assunção levaram mais perigo que as de Paulo Baier, é verdade, mas ambos foram bola de segurança para Palmeiras e Atlético-PR. No placar das faltas cobradas num truncado primeiro tempo, 5 a 2 para Assunção. Mas nenhum gol.
...esquentar para vencer!
No início do segundo tempo, o som da animada torcida palmeirense já se misturava com o da festa junina da Portuguesa, dona do Canindé, que começava logo ali, atrás das arquibancadas ocupadas pelos torcedores do Furacão – a organizada só chegou ao Canindé com 40 minutos da etapa inicial. Em campo, a mesma falta de criatividade, com a diferença que o Atlético ficou mais incisivo com a entrada de Madson, exigindo maior trabalho de Marcos.
Em cinco minutos, porém, tudo mudou. Primeiro, Felipão sinalizou a pressão ao lançar Wellington Paulista no lugar de Adriano. Logo depois, Rômulo foi expulso por derrubar Kleber. Na sequência, Lincoln, voltando de lesão, entrou para dar a tão desejada criatividade ao meio-campo. Com um jogador a mais, era natural que o Palmeiras não saísse mais do ataque. Com raros intervalos de contragolpes atleticanos, o Verdão manteve a posse de bola, mas não conseguia levar tanto perigo assim. A retranca de Adilson foi bem montada.
Com tanta dificuldade, apelar para quem? Marcos Assunção, claro. Depois das cinco faltas sem sucesso no primeiro tempo, o camisa 20 fez a diferença na sua única chance da etapa final. Aos 30, a jogada que todo palmeirense sabe de cor e salteado: bola cruzada da esquerda, fechadinha, implorando por um desvio para as redes. Desta vez, foi o volante Chico quem cabeceou, de costas para o gol, para fazer 1 a 0 Verdão. Foi o primeiro gol dele com a camisa alviverde, oitava assistência do garçom Assunção na temporada.
Aí sim, os palmeirenses ficaram aliviados – time e torcida. Mais leve, o Verdão tentou buscar o segundo gol e encontrou muitos espaços para ampliar o marcador. No entanto, os constantes erros de finalizações voltaram a aparecer, principalmente com Luan, que parece ter gasto toda sua pontaria só para fazer aquele golaço contra o Cruzeiro, na rodada anterior. Nada que atrapalhasse a festa. Três jogos, sete pontos: a meta de Felipão vem sendo cumprida à risca.
palmeiras 1 x 0 atlético-pr
Marcos, Cicinho (Chico), Danilo, Thiago Heleno e Gabriel Silva; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Patrik (Lincoln) e Luan; Adriano (Wellington Paulista) e Kleber. Marcio, Rômulo, Manoel, Rafael Santos e Paulinho; Deivid, Marcelo Oliveira (Robston), Branquinho e Paulo Baier (Kleberson); Nieto e Adaílton (Madson).
Técnico: Luiz Felipe Scolari Técnico: Adilson Batista
Gol: Chico, aos 30 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Kleber, Patrik, Chico (PAL); Deivid, Rômulo (CAP). Cartão vermelho: Rômulo (CAP).
Estádio: Canindé, em São Paulo (SP). Data: 4/6/2011. Árbitro: Péricles Bassols Cortez (RJ).
Auxiliares: Dibert Pedrosa (Fifa-RJ) e Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ).




05/06/2011 05h25 - Atualizado em 05/06/2011 05h25

Timão tenta estragar adeus de Pet, enquanto Fla luta por festa completa

Invictos no Brasileirão, times se enfrentam neste domingo no Engenhão

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Como anfitrião da festa, o Flamengo faz a despedida de Petkovic no jogo contra o Corinthians, neste domingo, às 16h, no Engenhão. Homenagens à parte, os times lutam pela cereja do bolo: a vitória para manter a invencibilidade no Campeonato Brasileiro.
O Flamengo soma uma vitória diante do Avaí (4 a 0) e um empate com o Bahia (3 a 3), enquanto o Corinthians vem embalado por dois resultados positivos contra Grêmio e Coritiba, ambos por 2 a 1.
petkovic liedson (Foto: Editoria de Arte/GLOBOESPORTE.COM)Pet enfrenta o embalado Corinthians de Liedson, ex-Fla (Foto:Editoria de Arte/GLOBOESPORTE.COM)

Pelo lado rubro-negro, Pet atuará nos 45 minutos iniciais. No intervalo, o sérvio será homenageado no seu adeus ao futebol. Ronaldinho Gaúcho, que teve boas atuações nos últimos jogos, também estará no centro das atenções.
Pelo Timão, a novidade é a presença de Emerson no banco de reservas. O Sheik, que teve passagem pela Gávea, deverá entrar no decorrer da partida.
O Engenhão receberá um bom público, já que mais de 30 mil ingressos foram vendidos antecipadamente.
Flamengo x Corinthians terá arbitragem de Héber Roberto Lopes (Fifa-PR), auxiliado por Gilson Bento Coutinho (PR) e Ivan Carlos Bohn (PR).
A Rede Globo transmite a partida para RS, SC, PR, SP, ES, MG, GO, TO, MS, MT, BA, SE, PE, RN, CE, MA, PA e DF. O GLOBOESPORTE. COM acompanha em tempo real.
header o que esta em jogo
Flamengo:  depois de golear o Avaí por 4 a 0 na estreia, o time de Vanderlei Luxemburgo tropeçou diante do Bahia. A equipe vencia por 3 a 2 até os 44 minutos do segundo tempo quando sofreu o empate. No planejamento do Rubro-Negro, que soma quatro pontos, vencer as partidas em casa é a receita para manter o equilíbrio da competição.
Corinthians: o time tenta embalar logo no início do Campeonato Brasileiro. Nas contas do técnico Tite, o Timão precisa se posicionar entre os sete primeiros durante todo o torneio para brigar pelo título na reta final. Por enquanto, a equipe superou a expectativa do treinador. A comissão calculava a conquista de quatro pontos nas duas primeiras rodadas. Foram seis.
header as escalações 2
Flamengo:  A equipe terá a presença de Pet nos 45 minutos iniciais. Léo Moura, recuperado de dores no joelho direito, retorna à lateral. Egídio foi mantido na esquerda, com Junior Cesar ficando como opção no banco de reservas. Vanderlei Luxemburgo definiu o time que começará a partida com Felipe, Léo Moura, Welinton, David Braz e Egídio; Willians, Renato, Bottinelli e Pet; Ronaldinho Gaúcho e Wanderley.
Corinthians: Tite mudará o Corinthians pela terceira vez seguida. Em má fase, o meia Morais perdeu o lugar na equipe para Jorge Henrique. Danilo, destaque na vitória sobreo Coritiba, segue na armação. Na lateral direita, o jovem Weldinho estreia. A grande novidade está no banco de reservas. Como não tem outra opção para o setor, o treinador relacionou Emerson Sheik, que ainda estava em processo para recuperar a forma. A expectativa é de que ele atue por 30 minutos. A equipe começa a partida com Julio Cesar, Weldinho, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo; Willian, Liedson e Jorge Henrique.
quem esta fora
Flamengo: Maldonado segue em recuperação da cirurgia no joelho ,realizada no dia 26 de maio. A previsão de retorno é de cerca de seis meses..
Corinthians: o lateral-direito Alessandro vai desfalcar o Timão pelas próximas seis semanas. O jogador sofreu uma lesão muscular na coxa direita na rodada passada e só voltará aos gramados em julho.
header pendurados
Flamengo: nenhum jogador.
Corinthians: Chicão.

header fique de olho 2
 Flamengo: Contestado no início da temporada, Egídio marcou um gol contra o Bahia e continua na equipe mesmo após a chegada de Junior Cesar. O lateral promete empenho para manter o reforço no banco.
Corinthians: depois de um período de más atuações e de até perder a vaga de titular, Jorge Henrique está de volta ao time. No segundo tempo contra o Coritiba, mostrou certa evolução no rendimento. Pode ser útil, mesmo envolvido no processo de renovação de contrato com o clube.
header o que eles disseram
 Vanderlei Luxemburgo (técnico do Flamengo)É um risco calculado escalar o Pet. Temos a volta do Léo Moura, que ainda não está completamente legal, mas temos que colocar para jogar. Tem o Pet. Se colocasse o Junior Cesar seriam 30% das forças. As substituições já estão preparadas””.
Paulinho (volante do Corinthians)"O Corinthians não vai para o jogo pensando em despedida. Vamos para fazer um bom jogo e conseguir outro resultado positivo. Temos que ter atenção com o Petkovic e com todos os outros jogadores. O Flamengo é um bom time".
header números e curiosidades
* Na história do Campeonato Brasileiro, Flamengo e Corinthians se enfrentaram 26
vezes no Rio, com 12 vitórias do Fla, 6 empates e 8 vitórias do Timão. São 41 gols do
Fla e 26 do Corínthians.  Apenas 3 desses 26 jogos não aconteceram no Maracanã: Fla 2x0 em 94 (Caio Martins), Corinthians 3 x 1 em 2005 (Luso-Brasileiro) e 1 x1 em 2010 (Engenhão).
* O primeiro confronto entre Corinthians e Flamengo em Campeonatos Brasileiros
aconteceu no dia 24/10/71 no Maracanã. O Timão venceu por 3x1, gols de Mirandinha, Pedrinho e Aladim, com Fio marcando para o Fla.
* Este é o 116º confronto da história do clássico mais popular do Brasil. Incluindo amistosos, competições nacionais e diversos torneios, Flamengo e Corinthians se enfrentaram 115 vezes, com vantagem carioca. O Fla venceu 48 jogos, contra 43 vitórias do Timão e 24 empates. Nos gols marcados, o Flamengo também leva vantagem, com 187, contra 174 do Corinthians.
header último confronto v2
 Na última vez  em que Flamengo e Corinthians se enfrentaram  houve empate em 1 a 1 no Engenhão, pelo Brasileirão de 2010. Ronaldo abriu  o placar para o Timão no primeiro tempo e vibrou bastante, já que a equipe sonhava com o título. Na segunda etapa, Diogo fez de cabeça seu único gol com a camisa rubro-negra. O jogo foi disputado no dia 27 de outubro, diante de 9782 pagantes.